Uma novidade nos Estados Unidos: Gigawatt

Por Kelly Pickerel | 29 de agosto de 2023

O fabricante leve de painéis solares Sunman, que opera uma fábrica de 1 GW na China, está iniciando uma nova divisão de fabricação nos Estados Unidos, chamada Bila Solar. Bila planeja iniciar uma fábrica de painéis solares de 1 GW em Indianápolis, que deverá estar operacional em meados de 2024.

Uma instalação Sunman na China.

A Sunman foi formada em 2014 e possui 500 MW de instalações na Ásia, Austrália e Europa. O fundador da Sunman, Zhengrong Shi, também fundou o fabricante pioneiro de painéis solares Suntech Power. A Sunman fabrica painéis solares sem moldura e sem vidro, ideais para aplicações desafiadoras, como telhados com baixa capacidade de carga, telhados de membrana e veículos. Este produto inovador será adotado na fábrica da Bila Solar, nos Estados Unidos.

A expectativa é que o empreendimento Bila Solar, em Indianápolis, crie 240 empregos. Bila investirá US$ 35 milhões para reformar uma antiga instalação da Eli Lily, ao sul do centro de Indianápolis.

“Estamos entusiasmados em iniciar a jornada da Bila Solar em Indianápolis”, disse Mick McDaniel, vice-presidente e gerente geral da Bila nos EUA, em um comunicado à imprensa. “Estamos trazendo para o mercado dos EUA módulos ultraleves que vão onde os painéis solares tradicionais não chegam. Em Indianápolis, encontrámos uma localização urbana central, uma força de trabalho diversificada e um espírito empreendedor – ideal para a nossa abordagem inovadora para tornar a energia limpa acessível a todos.”

O painel solar leve de Bila utiliza células solares de silício cristalino cortadas pela metade, laminadas entre folhas de polímero com as caixas de junção situadas no topo. Os painéis pesam cerca de 17 libras e podem ser fixados sem penetrações.

Os Estados Unidos não têm fabricação “flexível” de painéis solares no mercado tradicional desde o fechamento de duas fábricas de propriedade da Hanergy em 2019/2020. A MiaSolé (Santa Clara, Califórnia) e a Global Solar (Tucson, Arizona) fabricaram painéis solares flexíveis de película fina, um produto de nicho que teve dificuldade em penetrar no mercado rígido dominado pelo silício. A Ascent Solar, no Colorado, está no jogo solar de película fina flexível, mas tem se concentrado em aplicações aeroespaciais e de defesa. Em vez disso, Bila está usando células solares de silício em seus painéis solares sem vidro.

A startup norte-americana Merlin Solar também está usando silício em seus designs de painéis flexíveis, mas atende principalmente ao mercado de “aventura” – aplicações em veículos, fora da rede e camping.